Sinopse
Estamos preparando e revisando este conto, em breve o publicaremos aqui. :DEm um instante o rosto é familiar e no outro vejo um estranho em minha frente. Como a mente pode nos pregar peças como estas?
Prólogo
Epílogo
Conto
Encaro a porta azul-bebê, tão familiar em todos os seus aspectos: A pintura falhada, o boneco com um nome pregado a porta, o cheiro de perfume suave de criança que acabou de tomar banho, uma voz feminina doce entoando uma canção de ninar.
Olho para o chão e vejo o movimentar dessa pessoa para lá e para cá do outro lado da porta. O nome escrito no boneco está borrado, gasto. Forço a vista para tentar decifrar o que está escrito, sem sucesso.
A porta é extremamente convidativa. Tento girar a maçaneta, apenas para perceber que está trancada, mas claro que isso não é problema algum. Rapidamente, retiro do bolso traseiro de minhas calças um molho de chaves. São tantas, inúmeras chaves, de diferentes tamanhos, formatos e cores. Cada chave possui a sua porta, é claro.
Seguro firme a chave que com certeza abrirá aquela porta. A insiro na fechadura, mas percebo que ela não gira. É a chave errada? Não pode ser, tenho certeza que é a certa. Testo outra, sem sucesso novamente, e assim consecutivamente, até me sobrar uma chave.
Como não havia percebido ela anteriormente? Ela tinha o mesmo tom de azul-bebê da porta em questão. Coloquei ela na fechadura e seu encaixe foi perfeito! Finalmente veria o que estava atrás daquela porta. Mas assim que girei ela, a mesma se desfez, como poeira no ar. Fitei minhas mãos, tremulas, vazias, sem chave. Fechei os olhos com força.
Quando os abri, vi um rapaz simpático, com seus 40 e poucos anos, conversando animado ao meu lado no sofá. Ele falava sobre a esposa, os filhos, e parecia estar muito feliz de me ver. Olhei para ele com um sorriso:
"Quem é você?"