Sinopse
Estamos preparando e revisando este conto, em breve o publicaremos aqui. :DAdriano encontrou o assassino do anelar e precisa da ajuda de seus parceiros Saraiva e Pereira.
Prólogo
Epílogo
Conto
Encontreio assassino do anelar. Me encontrem na casa abandonada da Dona Nina. Às 19:00horas.
Adriano.
Esta era a mensagem que Pereira acabava de receber emseu smartphone. O investigador engoliu a seco e notou que ainda faltavamalgumas horas para o encontro. Preparou-se.
Às 18:49 encostou seu carro nafrente da casa abandonada. Era o único carro da rua. Não muito depois, o carrode Saraiva também se aproximou. Ambos saíram de seus carros.
- Você também recebeu a mensagem?
- Sim. Finalmente encerraremos ocaso.
- Cansou de trabalhar, Bete? –Brincou Pereira.
- Eu não, mas acho que você sim. Seuúltimo caso, não é? E não se esqueça é Saraiva para você.
- Desculpe. – Ele riu. – Após isso,passarei eternas férias pescando e enchendo a cara em um bar após isso. Fareijus ao fim de todos os brasileiros aposentados deste país.
Gargalharam.
Dez minutos voaram e nem sinal deAdriano por ali. Estranharam, pois o delegado nunca esteve atrasado em toda suavida. O instinto investigativo de cada um deles então se sobressaltou.
Decidiram averiguar se já haviaalguém dentro da casa. O portão estranhamente estava destrancado. Foramentrando e notaram que a porta da frente estava entreaberta. Rumaram para lá oquanto antes.
Ao entrar se depararam com os móveisantigos do lugar e todos cobertos por teias de aranha. Os batentes das portas ejanelas estavam sendo comidos por cupins e o chão de madeira rangia a cadapasso deles.
Na cozinha, o corpo de Adrianoestava adormecido sentado com a cara em cima da mesa. Era possível notarmanchas de sangue em sua roupa e alguns biscoitos mordidos ao lado de sua boca.No chão, dezenas de letras recortadas de jornais e revistas.
Havia um bilhete no chão, mas estavaincompleto.
Meu Amargo A
Saraiva pegou o bilhete em mãos,enquanto que Pereira foi verificar o corpo de Adriano.
- Está sem pulso.
- “Meu Amargo A”? – Leu em voz alta.– O que isso significa? Que estranho. Este bilhete está incompleto, talvez oassassino ainda esteja por aqui!
- Vou olhar os fundos! – GritouPereira, sacando sua arma e sua lanterna.
- Olharei dentro da casa então! –Saraiva fez a mesma coisa. Ligou a lanterna e posicionou sua outra mão com aarma empunhada.
A casa era um sobrado com cômodos nopiso superior. Com bastante atenção Saraiva foi subindo degrau a degrau eiluminando o caminho. O único barulho eram o de seus passos pela escadaria.
A porta de uns dos quartos estavaentreaberta. Ela rapidamente se direcionou para este quarto e com um tapa naporta, ela se abriu por completa. O quarto estava escuro e havia palavrasrecortadas de anúncios formando um bilhete.
Saraiva se aproximou.
Pereiraé o culpado.
Ela começou a tremer. Soltou o bilhete que caiuvagarosamente no chão. Começou a suar frio. Suas mãos firmes, estavam agoratrêmulas pelo choque de realidade. Engoliu a seco e deu meia volta.
Quando desceu as escadas, percebeuque Pereira estava investigando o corpo de Adriano.
Ela agiu com rapidez e surgiu nacozinha com sua arma apontada na direção de Pereira. O investigador foi pego desurpresa pelo ato da companheira.
- Saraiva? – Assustou-se o homem. –Porque está fazendo isso?
- Não se faça de sonso, Pereira. Eusei quem você é de verdade. – Respondeu séria.
- Abaixe a arma, Saraiva! – Gritou.– Eu não sei do que você está falando.
- Fique parado!
- Eu não sei do que você estáfalando, Saraiva! – O homem continuava a se mexer.
- Eu vou atirar, Pereira!
- Eu sou inocente, Saraiva! Você é aassassina!
Dois disparos então aconteceramsimultaneamente. Pereira caiu de bruços no chão da cozinha, foi atingidomortalmente na cabeça. Ele deixou cair um bilhete que também continha umrecado.
Saraivaé a culpada.
Já Saraiva caiu para trás, o projétil haviaacertado seu peito, ela respirava com dificuldades.
Não tinha como se locomover e muitomenos se mexer para pegar seu celular. Ficava agonizando até a morte lheacolher.
Foi quando um vulto surgiu aos olhosde Saraiva. Sua visão turva pelo ferimento lhe indicava que um homem levantavada cadeira. A figura foi se aproximando de Saraiva que tentou pronunciaralgumas palavras.
- Adri...
- Adriano? Sim, sou eu. – Respondeuo delegado. – Eu sou o Assassino do Anelar.
- Mas v-você... não estava m-morto?– Soltou Saraiva, após cuspir um pouco de sangue.
- Os biscoitos de Dona Nina sãoperfeitos para simular uma morte. – Ele então pegou a arma de Saraiva queestava jogada ao chão. Conferiu se havia munição e apontou a arma para amulher.
Encarou-a por mais algum tempo.Ficou pensativo e deixou a arma escorregar pelos seus dedos e cair ao chão.
- Você não entenderia a minhahistória, Saraiva. – Ele disse, em meio a lágrimas. – Mas, gostaria que um diavocê entendesse o que de fato aconteceu e o que a Dona Nina foi para mim.Aquelas mulheres são inocentes. Saiba disso. – Se virou e caminhou até o corpodo investigador. – Se você sobreviver, me procure.
Ele pegou o smartphone de Pereira,deslizou a mão pela senha e digitou o número de emergência.
- Alô. Houve um tiroteio na AvenidaBarão de Jaguara. – Ele disse em tom sério. – Um morto e um gravemente ferido.Venha com urgência. – Desligou o celular e o jogou em cima do corpo doinvestigador.
Antes que pudesse sair pela portados fundos. Pegou o bilhete incompleto que estava no chão e terminou a frasecom sua própria letra de mão e o colocou caprichosamente em cima da mesa:
Meu Amargo Adriano.