O Apostador

Suspense
Fevereiro de 2020
Começou, agora termina queride!

Conquista Literária
Conto publicado em
Sombras de Galway

Prólogo

Epílogo

Conto

Áudio drama
O Apostador
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- Tem uma porta ali… - Disse Thomas

- É… Parece ter alguma coisa em cima dela - Disse Brannon
- São símbolos… Mas não sei exatamente o que são… - Oliver
- Será que devemos entrar? - Disse Alexei
- A gente não chegou até aqui pra voltar - Disse Rayan
- Hum… Então tá, né? - Disse Thomas abrindo a porta.


- Tá escuro aqui - Disse Brannon
- Eu não tô enxergando quase nada… - Resmungou Thomas

- Tenham cuidado... - Avisou Alexei

- Que escuro… - Disse Ryan

- Espera… Tem alguém ali? - Perguntou Alexei

- Onde, Alexei? - Indagou Oliver

- Ali no canto. - Respondeu Alexei e parou enquanto observava – Para trás.


- Vejo que está fugindo do passado... E você tentando esquecer um amor... Enquanto você está apenas atrás de uma história…  Sendo que você chegou aqui e se viu em uma situação bem diferente do que imaginava. E você... apenas quer entender como você se encaixa nisso tudo... sem saber como nem porquê você faz parte disso tudo...

- Vamos embora. - Disse Brannon

- дерьмо! Merda!) vamos, depressa!
- Mas--- - Começou a falar Oliver

- Anda logo! Sai! - Gritou Ryan

- Agora! SAI! SAI! SAI! - Gritou Brannon ainda mais alto 


- O que foi que… - Começou a dizer Ryan.

- O que era aquela coisa?! - Questionou Thomas

- Eu nunca… Vi... - Começou a dizer Oliver perdendo a voz

- Não… Não… Não… Para… Chega… Não… Para - Repetia Brannon em voz baixa.

- Eu não… Eu não sei… - Alexey disse enquanto olhava para Brannon que, subitamente, gritou e correu em direção a porta – Brannon!

-Aaaaaaah! - Grita Brannon e dá um soco com toda a força que tinha na porta

Eu sinto que se não fizer nada... Vou passar a viver nas memórias dessa história... Mas não sei mais o que fazer... Talvez... Talvez eu apenas tenha que passar adiante essa história. Sim... foi o que o desconhecido me falou. Talvez ele estivesse passando por isso. Talvez...
Bom, estou aqui nos arredores de Galway. Eu sai da igreja na noite passada quando escutei um barulho do lado de fora mas não encontrei ninguém quando sai. Talvez tenha sido o vento. Nãosei… Sinceramente, eu espero que tenha sido o vento... Por enquanto decidi ir para a parte mais afastada dentro do condado de Galway... É uma área onde ficam as casas das famílias mais antigas. Quando vocês ouvirem a história, saberão que foi onde tudo começou...

Hoje vou terminar de apresentar as peças envolvidas na história de Galway em 1984. Já falei sobre o Jornalista Brannon, o Professor Oliver, o Golpista Thomas e o Psicólogo Alexei. A pessoa que vou falar a respeito hoje tem uma ligação diferente com tudo o que aconteceu, pelo que ouvi do desconhecido e li nas anotações de Brannon, talvez ele seja um catalisador para tudo o que aconteceu. Mais uma pobre alma que veio parar em Galway.

Mas lembrem-se tudo o que vocês escutarão de mim, são os relatos de um homem insano e dos relatos tão absurdos quanto o limite da imaginação é capaz de sonhar. Espero que acreditem em minhas palavras, assim como acreditei nas daquele desconhecido... . A última peça do estranho grupo que acabou se unindo em Galway se chama Ryan Owin.

Ryan nasceu em Mallow uma cidade a norte do Condado de Cork na Irlanda. Filho de Padraig Owin, um grande produtor de cerveja artesanal ele sempre esteve rodeado por fabricação de cerveja e dos livros de negócios. Porém, diferente de seus irmãos mais velhos, Ryan nunca se interessou em seguir com os negócios da família… O que realmente o motivava era a adrenalina de um jogo com uma boa aposta.


O que pode ter começado com apostas inocentes desde garoto apenas foi se agravando com o passar dos anos. O que começou com alguns dólares ganho em um jogo de cartas se transformou em centenas de libras irlandesas até chegar na casa dos milhares. A cada jogo Ryan alimentava seu vício, a cada vitória alimentava a vontade de continuar e a cada derrota… a vontade de se recuperar. Um pouco antes de atingir a maioridade, ele já havia deixado claro para sua família que não queria ficar ali nem trabalhar com aquilo. Com o dinheiro que juntou, um dia simplesmente pegou suas coisas e saiu de casa.


Foi no ano de 1980, em que Ryan estava hospedado em um hotel em Londres pois havia um jogo importante na semana, quando recebeu um telefonema de Connor, seu irmão mais velho, anunciando o falecimento de seu pai, vítima de um ataque cardíaco. 

-Ei, Ryan… Foi nosso pai. Ele… faleceu. Será que… Você tem como voltar pra casa? A gente precisa de ajuda com o velório.

O irmão também disse que precisava que ele voltasse para ajudar com o velório e o funeral e que o advogado do pai viria com o testamento de Padraig.

- Por favor, Ryan… Volta, tá?

 

Por mais que ele não se interessasse pelos negócios da família, Ryan amava seu pai, sua mãe e seus irmãos. Deixando de lado o jogo que tinha em Londres, ele voltou para Mallow para ficar com a família.


Após o enterro de seu pai, a família estava reunida na sala quando o advogado leu o testamento do falecido Padraig, que deixou uma pequena fortuna para cada integrante da família e sua cervejaria. Ryan, que nunca escondeu seu desinteresse em seguir nos negócios da família vendeu sua parte para seus irmãos, pegou todo o dinheiro que seu pai havia deixado para ele e saiu da Irlanda, abandonando sua mãe e irmãos.


Em uma das páginas das anotações de Brannon ele diz que, por mais que Ryan não tivesse interesse nos negócios da família, o falecimento de seu pai mexeu com ele. Brannon disse que tinha intenções de conversar com Alexey a respeito disso mas ou ele não anotou nada a respeito dessa conversa ou nunca teve a oportunidade.


Nos 4 anos que se passaram, Ryan viajou pela Europa se aventurando em diferentes casas de jogos de azar completamente sem rumo. Cada dia em um lugar diferente, cada noite em um lugar diferente e… é aqui que a história fica um pouco estranha.

Ryan estava no sul da Escócia em uma casa de jogos clandestina na cidade de Kilwinning em um dia que parecia como qualquer outro. Porém em uma vida guiada pela adrenalina do jogo, Ryan talvez tenha feito a última aposta de sua vida.


Ele pareceu perder o controle nessa noite, sem lembrar de com quem estava jogando nem quanto dinheiro havia apostado as coisas começaram a perder forma, os sons se misturavam e iam perdendo força, a visão se tornava cada vez mais fraca e o pensamento cada vez mais confuso. Até que enfim…


Silêncio.


Tudo o que restou foi a escuridão naquele lugar. 


Sem explicação alguma, Ryan começou a recobrar a consciência na traseira de um caminhão que estaria completamente escuro, se não fossem algumas frestas em pequenas janelas no alto. Não eram o suficiente para ver onde estava, mas, a partir da luz que entrava por ali, ele pode ver em seus braços marcas estranhas que ele não conseguia identificar. Elas pareciam seguir um padrão mas não fazia sentido para ele.


Por mais estranho que fosse aquela situação, Ryan não ficou desesperado, nervoso, nem nada do tipo. Foi como se algo em meio aquele caos fosse fazer algum sentido. Desperto na traseira de um caminhão desconhecido, sem saber para onde estava indo, com uma mochila que foi deixada ao seu lado com algumas de suas roupas, uma ficha da sorte que costumava carregar e, talvez coisas que ainda não lhe pertencessem… Foi assim que Ryan chegou em Galway… E é aqui que nossa história começa.

- O que…? O que é que… Como é que eu vim parar aqui? - Falou Ryan para si.

- Anda, pode descer. - Disse o motorista

- Onde é que eu tô? - Perguntou Ryan

- Onde você pediu pra ser deixado. Agora anda logo que eu tenho que trabalhar. - Retrucou o motorista abrindo espaço para Ryan descer.

- Galway? - Se questionou Ryan olhando para a entrada da cidade


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