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Sophia Leite

"Nunca ria de dragões vivos." - J. R. R. Tolkien

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Festa
Suspense

I.

O homem saiu da festa para o jardim, meio bêbado. Precisava respirar um pouco. Atrás de si a música ainda tocava alta e as pessoas riam.

Foi somente quando se encostou na parede que notou que não estava sozinho. Uma mulher esguia estava lá, fumando cigarro.

II.

-Vim respirar um pouco.
Ela concordou, sem desviar os olhos da paisagem. Da penthouse dava para ver a cidade acesa e as estrelas.
-Como está lá dentro?
-Animado.
Ele se aproximou e a morena lhe ofereceu o cigarro. O homem aceitou e deu uma tragada.

III.

-Quando acha que vai acontecer?
Ela deu os ombros.
-É melhor não saber, eu acho.
-Verdade.
Ficaram em silêncio ao que uma risada alta e o barulho de algo se quebrando os fez rir.
Ele devolveu o cigarro.

IV.

Foi quando o céu começou a ficar vermelho e um vento quente os atingiu em cheio.
A mulher deu uma longa tragada e jogou a bituca no chão, apagando-a com a ponta do salto.
-Não deveria estar com a família?
-Eu não tenho ninguém.

V.

Ambos olharam um para o outro e se deram as mãos pouco antes do cometa atingir a Terra.
E a festa finalmente acabou.

Simbiose
Sci-Fi

I.

Há 70 anos, os humanos aprenderam o que nós, cachorros, sempre soubemos: nunca confie no mensageiro.

Inicialmente o governo abafou o contato, então a invasão começou silenciosa.

II.

A oferta era de paz, mas o plano: assimilação. Quando os aliens terminavam, ninguém podia dizer a diferença.

Ninguém além de nós.

III.

Então o soro K11 foi feito. Super cães que podiam farejar e eliminar “os outros”.

Ao meu lado, Eva rosnou. As ruas fediam, mas eles fediam mais.

-Estão vindo, Rancor.

IV.

Atacamos e minha prótese pesada era uma arma letal. Passei as rodas por cima dos cadáveres e lambi o sangue do rosto machucado da minha amiga.

A luz o refletia azul.

V.

Ela correspondeu o gesto e seus olhos mostraram o mesmo brilho forasteiro.

“O melhor amigo do homem, também seu salvador” haviam dito.

E como sempre, os humanos estavam errados.

Rosa
Suspense

I.

Diego mantinha em casa uma rosa. Por segurança, a deixava trancada e sem sol, regando-a somente o suficiente para que ela não morresse.

A rosa não tinha mais espinhos, pois ele havia os tirado um por um até deixá-la indefesa. Ás vezes até mesmo lhe arrancava uma pétala, só para provar que podia.

II.

Vivendo naquelas condições, a rosa começou a murchar. Já nem mais parecia uma rosa e, em dado momento, até mesmo esqueceu que um dia havia sido uma.

III.

Em uma noite, Diego chegou tão bêbado que quebrou seu vaso. O graveto seco rolou pelo chão, caindo perto da janela. De lá pode ver o jardim e as outras flores.

IV.

Movida então por uma coragem que não sabia ter, Rosa disse basta. Fez suas malas e partiu, sabendo que estava na hora de desabrochar. E, principalmente, que não estava sozinha.

V.

Alguns autores são um tanto misteriosos... 💜

Formada em Inglês-Português pela UFMA, estuda literatura inglesa e folclore. Já teve contos de gêneros diversos publicados em antologias da Wish, Editora Cartola, Sem Tinta e Lendari.

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