
Assim como tantas outras celebrações que vão perdendo o seu significado para o capitalismo ou comemorações mais lucrativas (O dia da Mulher mandou um beijo), devemos sempre recordar o real porque do Mês do Orgulho. Não é apenas um mês para as empresas colocarem em suas redes sociais que apoiam a causa ou encher seus perfis de arco-íris.
Para entender essa data que simboliza a luta pelos direitos, igualdade e respeito para a comunidade LGBTQIA+, devemos voltar para os anos 60. Mais precisamente, no dia 28 de junho de 1969.
Nesta época, nos Estados Unidos, relações entre pessoas do mesmo sexo, utilizar roupas que não condiziam com o seu gênero e quaisquer atos relacionados a homo afetividade eram considerados crimes, levando a comunidade LGBTQIA+ a ser duramente repreendida e perseguida na época.
O bar Stonewall, frequentado pela comunidade, acabou se tornando um dos poucos lugares onde gays, lésbicas, drags e travestis podiam ser elas mesmas, sem as duras criticas e perseguição da sociedade. Stonewall tinha um acordo local, e acabou tornando-se um ambiente conhecido pela comunidade como um local aberto e seguro.
Mas é claro que a história não acaba nesse arco-íris. A policia preconceituosa invadiu o local sem aviso no dia 28 de junho, prendendo frequentadores, artistas e funcionários. Mas o que marca este dia foi a revolta de amigos, vizinhos e frequentadores das redondezas do bar, que iniciaram um levante contra polícia e levou a uma onda de protestos nos dias seguintes.
Claro que a revolta de Stonewall não foi a primeira do gênero, mas ela se torna tão importante pois durante 5 dias após o acontecimento, foram organizadas diversas passeatas e movimentos pelos direitos dos homossexuais e contra a perseguição da policia.
É importante lembrarmos que esse Mês do Orgulho simboliza uma luta por direitos, muito mais do que uma simples data de celebração.
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